sábado, 15 de março de 2014

Queria eu entender...











Queria eu entender...
Queria eu entender, finalmente
Todo este ódio em mim
Toda essa repulsa por alguns humanos
Mas apenas aqueles que não são como eu
Mas não há quem seja como eu...
Então apenas pessoas, que pensam quase que da mesma forma
São poucas, mas então, eu odeio e sinto repulsa
Pela maioria da sociedade?

Fico-me abismado por ser tão maldito
Fico-me abismado, com esse caos que está em meu coração
Mas há quem diga, que em meio ao caos
Nasce então a paz, a luz, mas em meio a esta escuridão fria
Essa escuridão que vaga em meio ao caos de meu coração
E que cobre a minha alma, e meus olhos
Será que em meio a ela, possa-se acender uma pequena vela?
Apenas acender um nada se quer, apenas um ponto de luz...
Para que alguma vez, eu sinta, que eu sou uma pessoa boa...

Uma pessoa boa, o que a define?
Pergunto-me isso desde meu primeiro entendimento social
Desde meu primeiro conflito, em que deu inicio aos meus pensamentos
Não existem neste mundo, pessoas tão boas, que sejam infelizes
Na verdade, não existem pessoas boas
Possa alguma vez, você perceber, apenas observar
Como um ser amargurado como eu que,
Dentro das pessoas boas, há um ódio que os corrói
Pudera então, um dia mostrar que todos são loucos
Que todos são tão desprezíveis quanto eu

O que ganha uma pessoa boa?
Uma eternidade no que chamam de céu?
E para isso devemos sofrer enquanto devíamos desfrutar de nossa vida?
Há apenas uma única vida, a qual eu tento desfrutar
Mas quando fui bom, não havia como desfrutá-la
Pois me diziam que deveria seguir um caminho que não via
Então secretamente tirei as vendas de meus olhos, e a luz me cegou
Mas vagamente, pois a amargura me fez fechar meus olhos
Hoje sou guiado por um guia secreto

Tudo oque ouço
Me faz querer gritar até ficar rouco
Tudo o que me dizem, são como garras que me arranham
E me fazem querer chorar
Essa dor descomunal que eu sinto
Queria eu então tira-la de mim
Mas existem duas formas de tirar tal dor
Apenas duas
Devo me decidir esperar o tempo em que eu possa finalmente
Pisar sobre aqueles que me amaldiçoaram
E até que esse tempo chegue, eu segure minhas lágrimas ardentes
Segure a minha tristeza e depressão dentro de mim
Até que finalmente possa enlouquecer sozinho em um canto escuro...
Devo me decidir, entre isso, ou o agora
Em que poderia encontrar minha libertação
Apenas em uma navalha afiada, em uma lamina gelada
Que baila como um doce cisne em meus pulsos
Um belo cisne prateado, e libertador
Fazendo jorrar as águas de um rio vermelho...

Todos são malditos dementes
Observe isso nesse grande hospital fúnebre
Que chamam de vida
Se soubeste o que é o inferno verdadeira
Esse verdadeiro inferno que é a minha mente
Não aguentaria, e então se libertaria pulando
Diretamente a escuridão de um precipício...

Percebo agora, que tudo isso é complexo demais
Tais palavras que aqui já ditas, são apenas ramos de um caos maior
Caos, tristeza, dor, ódio, pecado, escuridão...
Algumas das palavras que estão aqui dentro...
Mas há uma que é para mim tão bela e adorada
Uma dama sagrada e divina, perturbadora, e aquela que finda tudo
A sublime morte...
← Anterior Proxima → Página inicial

0 comentários:

Postar um comentário