sexta-feira, 22 de maio de 2015

A amargura do guerreiro






A amargura do guerreiro

Por deus, escutai a noite tenebrosa
O breu da noite de amargura
O abraço dos ventos gelados do inverno em minha pele
Faz-me bailar nos salões vazios de minha mente
Faz-me sentir saudades dos tempos em que era cruel

Onde está toda a minha malevolência?
Escondida de baixo de uma pedra
Esta que está embaixo das águas mais profundas do oceano mais profundo
Revestido pelas minhas mágoas...

Sinto saudades das visitas dos demônios a noite
Acompanhados de suas tortuosas risadas
Que queimam o ar sufocante
Estou a sofrer, a sofrer de bondade
Essa bondade mata-me como a um inseto.

Eu sou um verme, o pior de todos
O mais nojento
Aquele que vive  em meio ao lixo que é a odiosa humanidade
DEUS, AQUELE QUE DIZEM SER O TODO PODEROSO!
ACABAI COM ESSA TORTUOSA VIDA HUMANA! MATAI TODOS OS HUMANOS!
Clamo-te o apocalipse...

Por favor
Venhas tu! Tu, oh Deus, Tu ou ao Diabo!
Matai a todos, suplico-vos
Traga-me os tormentos das noites chuvosas e ácidas
Onde as risadas de dor em minha alma torturada alcançavam os céus

Sinto saudade de ouvir a carne rasgar
Sinto falta do cheiro do sangue
Sinto falta de ver os sorrisos gélidos dos mortos
Sinto falta de sentir as lâminas

Estou tão cansado desse mundo...
Estou cansado dessa bondade...
Por mais estranho que pareça
Meu frio coração toca uma estranha melodia
Suplicando por paz...

Meu coração suplica uma angustiante paz em campos verdes
Em morros com encantadoras paisagens...
Isso não é  nada mais que um triste sonho ilusório...

E aqui jás uma triste alma enganada
Perseguida e amaldiçoada por todos
Morto em xx/xx/xx
Nascido em xx/xx/xx
Sozinho, não havia ninguém em seu funeral”

Essas serão as palavras em meu túmulo
Após eu colocar a arma em minha cabeça, e puxar o gatilho...
Não encontro mais forças...
Meus músculos fraquejam... Não desejo mais continuar

Agarrei-me a um fio de esperança
Mas este fio está a se soltar
E meu rosto queima com estas malditas lágrimas, pútridas e mórbidas
E essa dor... Essa dor que não passa, grita, corta-me, e rasgo o meu peito, esperando silencia-la

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