Bom, como eu poderia começar este
artigo? É de fato muito difícil eu definir o que é Sandman. Mas como veem, eu
me propus ao desafio de escrever sobre essa bela obra prima! Pois bem, vamos a ela começando por quem é o
autor (obviamente fazendo um resumo em sua biografia), e “quem” ou “o que” é
Sandman.
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Neil Gaiman, O Gênio. |
Começando
por Neil Gaiman, um grande escritor
que até hoje é idolatrado por diversos amantes de quadrinhos, nasceu em
Hampshire, Reino Unido, e atualmente vive nos Estados Unidos. Quando criança
ele era um garoto diferente (calma, ele não tem problemas mentais, ao menos não
que eu saiba), pois vivia lendo diversos livros de autores muito cultuados até
hoje, sendo entre eles Edgar Allan Poe,
J.R.R Tolkien, C.S Lewis, e muitos outros, que fizeram-no trilhar o mesmo
caminho como escritor. Gaiman se auto intitula como “criança selvagem que foi
criada em bibliotecas”, pelo fato de adorar ler e como dizem na linguagem
popular “devorar livros”. Dado a esses fatos ele escreveu sua primeira obra,
podemos assim dizer, que foi a biografia de uma banda inglesa chamada Duran Duran, mas o que foi sua alavanca
para trabalhar em meio aos quadrinhos foi ter escrito uma minissérie chamada Orquídea Negra, o que lhe rendeu um
contrato com a D.C Comics. A partir
disso que ele fora reconhecido com Sandman
considerado até hoje sua obra prima e de fato seu estopim para o sucesso e a
fama. Sandman é tão esplêndido que até mesmo hoje consegue render fãs para
Gaiman. Mas agora vamos ao foco desse post.
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Sandman e sua irmã Morte |
A
obra Sandman foi publicada pela primeira vez em meados dos 1980 pelo aqui já
citado Neil Gaiman, que até aquele tempo era desconhecido. Sandman é uma
graphic novel de terror e suspense, protagonizada por Morpheus, O Deus dos Sonhos na mitologia grega, porém comumente
conhecido por Sandman e aqui no Brasil como João
Pestana (sim, é um nome bem babaca). Sandman na mitologia europeia é
descrito por ser um homem que carrega em suas mãos areia que faz as crianças
terem bons sonhos ou até mesmo pesadelos dependendo do comportamento que mesma
apresentar. Porém, Gaiman apresenta Sandman de uma forma mais sombria e até
mesmo mais refinada. Em suas histórias Sandman é caracterizado como um homem de
vestes negras como a própria noite, extremamente pálido, e com um cabelo muito
inspirado no Robert Smith da banda The Cure (que aliás é muito boa, recomendo).
Morpheus ou também Sonho (Dream) na
história possui um caráter totalmente “correto”, ele praticamente vive por
regras universais e acaba saindo totalmente do sério se por um instante algo ou
alguém acabe por quebrar as regras.
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Destino, Morte, Sonho, Destruição, Desejo, Desespero, e Delírio. |
Sonho
é um ser imortal chamado de Perpétuo,
espécie de deuses maior que um deus comum, pois no universo criado por Gaiman,
os deuses “comuns” normalmente tem uma vida útil como a dos mortais, onde são
criados pelos sonhos (assim como a própria realidade) e então mortos quando são
esquecidos. Existem sete Perpétuos que controlam e regem o universo (ou os
universos), Desejo (Desire), Sonho
(Dream), Desespero (Despair), Morte (Death), Destino (Destiny), Destruição
Destruction), e Delírio (Delirium), cada um destes possuindo um reino
específico e caracterizado por suas personalidades, como o reino do Desejo que
possui características egocêntricas e levadas pelo impulso do momento, assim
como seu criador, os Perpétuos são precisamente as leis do universo, onde o
desaparecimento de um acaba influenciando em uma série de acontecimentos
caóticos, o que nos dá uma ponte para uma introdução do começo das histórias de
Sandman.
A
saga se dá iniciando com um ritual mágico de um mago muito renomado da época,
onde este é líder de uma seita que procura possuir a imortalidade e em um dia de
ritual, acaba por tentar invocar a Morte (irmã de Morpheus) numa tentativa
falha, assim invocando por engano Morpheus, que permanece aprisionado por
décadas, fraco e sem nenhum tipo de poder, tudo o que ele poderia fazer é
esperar uma brecha para escapar e no fim se vingar de seu raptor. Ao decorrer
das décadas Sandman acompanha a vida de vários de seus raptores, ele acompanha
sua juventude, velhice, e inclusive morte dos mesmos esperando uma chance de
escapar.
A
narrativa de Sandman não é feita de forma linear onde o leitor simplesmente
observa falas, passagens de tempo e a construção do personagem, dos vilões e
etc. Não, Sandman é completamente diferente. Sua narrativa é soberba de tão
elegante e perfeita, observa-se durante a narrativa debates poéticos e até
mesmo filosóficos sobre a realidade, a vida, o tempo, a vida após morte, ou até
mesmo a vida antes mesmo de existir vida. A forma como é construído o ambiente
muitas vezes sombrio junto das falas de Morpheus é como uma poesia gótica
fazendo o leitor literalmente estar dentro da história e refletir sobre os
temas debatidos em cada episódio apresentado por Gaiman. O terror e a escuridão
é demonstrado de forma genial, cada um na medida certa, e os personagens
cativam o leitor a querer conhece-los cada vez mais, independente se este for o
vilão, um personagem secundário, ou até mesmo um dos Perpétuos, pois Gaiman
consegue transpassar por eles características que fazem com o que o leitor se
identifique com ele, reflita com ele, e até mesmo apresenta as dúvidas do mesmo
como se o leitor fosse o próprio personagem.
Acredito
que o texto tenha se tornado confuso, mas realmente, é muito difícil de falar O
QUE É Sandman. Se por um acaso deixei algo em aberto ou até mesmo dúvidas,
comentem logo a baixo, e farei o possível para que elas possam ser retiradas.
A
baixo segue o download dos 75 volumes de Sandman, e também do programa para ler
arquivos CBR.
Referencias Bibiográficas:
·
STOKER,
Felipe: <neilgaiman.com.br/neil-gaiman/> Acesso em 20 de mar. 2016
·
ROSA
VIDAL, Vinícius: <salvandonerd.blog.br/Sandman-obra-completa-para-download-em-pdf-01-ao-75/>
Acesso em 20 de mar. 2016
·
COMICS,
Panini: <hotsitepanini.com.br/vertigo/series/sandman/> Acesso em 20
de mar. 2016
·
SLEIPNIR,
ADM: <portal-dos-mitos.blogspot.com.br/2013/09/sandman.html> Acesso
em 20 de mar. 2016